domingo, 7 de agosto de 2011

Quando age o sobrenatural

Jurei que não escreveria neste blog sobre o Galo, mas pelo tipo de Atleticano que sou e um péssimo cumpridor de juramentos (foi irônico isso), vou romper com minha própria lei e fazê-lo.

Na maioria das vezes, quando algo acontece de forma não esperada, ou simplesmente dá errado, buscamos na racionalidade uma resposta sobre como as coisas se encaminharam e o porque daquele resultado. Em outras vemos apenas o lado passional, sem muita razão, mas ainda buscamos por respostas com um mínimo de lógica. Mas, quando se tem todos os ingredientes para o sucesso e a possibilidade de falha são reduzidas, começamos a achar que é culpa do sobrenatural.

Sobre a derrota de ontem, 06/08, ficou “claro” que existe algo tenebroso e nefasto acontecendo no Atlético. Só pode ser (rsrs). Vejamos dos ingredientes do Atlético: - Centro de Treinamento de primeira linha; - Jogadores de qualidade e com muita experiência; - Técnico competente e campeão (se for o caso do Luxemburgo seria “multicampeão”); - salários de jogadores e funcionários em dia. - Oras, então falta o quê? - Pergunta para o treinador, que ele vai dizer. – Mentira, não vai. Sabem por quê? Porque ele não sabe. Então só podemos concluir que a péssima campanha do Galo nessa temporada (mais uma) é obra do acaso ou mesmo do sobrenatural.  Como dizia a “Bruxa do 71”, aquela personagem do seriado Chaves, - São os espíritos zombeteiros que atormentam a vida do Atlético. Ou se prefirmos, e a cabeça-de-burro enterrada na Cidade do Galo (antigamente era na Vila Olímpica).

Atitudes como essa são típicas do ser humano, ou seja, procurar a culpa no desconhecido e não admitir que ele próprio aja de forma inadequada, e às vezes até autodestrutiva é de nossa essência. Somos assim e assim seremos para sempre. Mas a era da razão impera a centenas de anos, e era, no mínimo plausível, de esperar que soubéssemos identificar quando não somos mais capazes de ajudar e que não podemos ficar para continuar atrapalhando.

Mas a minha opinião sobre a incapacidade do time do Atlético em evoluir é que o a caixa tem laranja podre e elas estão contaminando as demais. Dispensar Ricardinho e Zé Luís não foi suficiente. Ainda existem algumas peças que trabalham como uma facção dentro da instituição Clube Atlético Mineiro, e que a eles somente interessam o bem próprio, não o do clube. Não sou capaz de identificar, até porque a única coisa que vejo do Galo são os noticiários e os jogos, não vivo o dia-a-dia do time, não vou à Cidade do Galo para saber sobre o clima entre jogadores, comissão técnica e diretoria. Mas não sou bobo, como a maioria da Massa também não, e sei quando tem algo podre no ar. E para mim, é isso que tem no Galo, algo muito podre, partindo dos vestiários e de forma não tão mais discreta como antes, entra em campo em forma de má vontade e desapego pelo que aquela camisa representa.

Certamente precisamos de mudanças, mas acredito, que muito mais no elenco do que somente da comissão técnica, pois já estamos na fase de contratar técnico para evitar desastres e não para uma longa jornada, planejada como deve ser, pois sempre que algum jogador da minha suposta facção é desagradado, eles trabalham para tirar o treinador. Por essas e outras que se precisa de um choque de gestão para se possível extinguir quaisquer sinal de grupos fechados e com ideologias a mais do que a do próprio Clube Atlético Mineiro.

Um comentário:

  1. É meu velhinho, a coisa tá feia pro teu time. Tô ficando até com medo,já que o Bahia tá se organizando e logo vai ter uma das melhores estruturas do país... mas o sofrimento, quando nos abandona?

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